Comparência na Gare do Oriente (estação de autocarros), na plataforma 48, em Lisboa, 30 minutos antes da partida, para iniciarmos a nossa viagem às 8h30 em direção a Coimbra (estação Coimbra B) para darmos as boas-vindas aos passageiros que embarcam nesta cidade, seguindo para o Porto, onde teremos tempo para almoço livre. Para os passageiros do Porto, o ponto de encontro é junto ao Hotel da Música, no Mercado do Bom Sucesso, pelas 14h00 para continuarmos a nossa viagem até ao nosso destino final de hoje. A viagem prossegue até Chaves, cidade transmontana de origem romana, célebre pelas suas termas e pela ponte de Trajano, que atravessa o rio Tâmega. Chegamos a meio da tarde para um breve passeio pelo centro histórico, onde se respira a herança medieval e barroca nos seus monumentos e ruas pitorescas. Após o alojamento no hotel, saímos a pé para jantar num restaurante local.
Pequeno-almoço no hotel. Iniciamos o nosso périplo na rotunda que ostenta o Km “0” da Estrada Nacional “N2”, para logo a seguir fazermos uma primeira paragem para conhecer o Parque de Pedras Salgadas, onde brota uma das mais famosas águas termais do nosso país. Continuamos até Vila Real, para uma breve visita panorâmica, antes de descer pela sinuosa “N2” pela encosta norte do Vale do Douro, até ao Peso da Régua para almoço num dos restaurantes locais da cidade. Depois do almoço visitamos o Museu do Douro onde ficamos a conhecer toda a história do Vinho do Porto e da região, que a UNESCO declarou património cultural. Subimos depois a “N2” que serpenteia até Lamego, cidade de arcebispos, para uma breve paragem no centro histórico, com vista para a escadaria do Santuário da Nª Srª dos Remédios, antes de continuar atravessando as serras das Meadas e Montemuro, região que outrora ficou conhecida como Lusitânia, até chegar a Viseu, terra de Viriato e capital da Beira Alta. Jantar num restaurante local. Alojamento no hotel em Viseu.
Depois do pequeno-almoço, vamos dar um passeio pelo centro histórico da cidade, com visita à lendária Sé. Deixamos Viseu e seguimos até Molelos, aldeia famosa pelas suas tradicionais olarias de barro preto, uma arte ancestral que remonta a tempos pré-romanos e que continua viva graças ao saber transmitido de geração em geração. A visita a uma destas olarias é uma oportunidade única para conhecer um património imaterial que integra a identidade cultural da região. Estamos em plena região de Dão Lafões, terra de paisagens verdejantes, e o almoço será servido num restaurante local, com ementa típica que harmoniza tradição gastronómica e vinhos de excelência. Seguimos depois até Penacova, onde faremos uma breve paragem junto ao miradouro, de onde se desfruta uma vista deslumbrante sobre o Rio Mondego, o maior rio inteiramente português, que serpenteia entre vales e montanhas. A viagem prossegue pelas serras do Açor e da Lousã, territórios de grande riqueza natural e cultural. Por estas bandas, a lendária Estrada Nacional 2 revela-se sinuosa, convidando a apreciar a beleza das paisagens. Em ritmo sereno, passamos por Góis, vila ligada ao rio Ceira e conhecida pelas suas festas populares, até chegarmos a Pedrógão, onde nos espera o jantar e o alojamento no hotel.
Partimos após o pequeno-almoço em direção a Ponte de Sor onde vamos visitar a antiga fábrica de moagem de cereais e descasque de arroz, hoje transformada no Museu Municipal de Ponte de Sor com dois núcleos de arqueologia industrial da antiga fábrica e diversos espaços expositivos de arte. Continuamos a nossa visita explorando os surpreendentes murais de arte urbana espalhados pela cidade, que transformaram Ponte de Sor num verdadeiro museu a céu aberto. Estas obras, criadas por artistas nacionais e internacionais, abordam temas variados e refletem a vitalidade cultural e criativa da comunidade local. Após almoço em restaurante local, continuamos até Mora para visitar o famoso Fluviário, um espaço único na Europa dedicado aos ecossistemas de água doce. Aqui, a ciência e a pedagogia permitem compreender a riqueza da biodiversidade dos rios e lagos ibéricos. Sempre pela Estrada Nacional 2, prosseguimos até Ferreira do Alentejo para visitar a Casa do Cante e do Vinho, um dos espaços mais emblemáticos da vila. Este centro cultural preserva a memória das antigas tabernas alentejanas, celebra o tradicional vinho de talha — prática ancestral de vinificação em grandes ânforas de barro — e homenageia o cante alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade reconhecido pela UNESCO. Ao final do dia, chegamos a Castro Verde, terra de planícies infinitas onde nos instalamos no hotel. O jantar será servido em restaurante local, oportunidade para saborear a gastronomia alentejana e vivenciar a autenticidade cultural da região. * Na Partida de 7 de Junho a visita de Ponte de Sor será substituida pela visita da cidade Abrantes
Após o pequeno-almoço, iniciamos um passeio a pé por Castro Verde, vila marcada pela tradição agrícola e pelo seu papel histórico nas batalhas da Reconquista. O percurso leva-nos até ao Largo da Feira, espaço emblemático onde, desde 1620, se realiza anualmente a célebre Feira de Castro, considerada uma das mais antigas e importantes do país, tão enraizada na cultura popular que deu origem ao dito «tão certo como a Feira de Castro». Seguimos depois para Almodôvar, porta de entrada para a Serra do Caldeirão, onde visitamos o Museu da Escrita do Sudoeste. Este espaço singular é dedicado à mais antiga forma de escrita da Península Ibérica, testemunho de comunidades que habitaram o território há mais de dois milénios. O museu guarda a maior coleção de estelas epigrafadas, com inscrições misteriosas de letras e figuras, descobertas ao longo dos anos no Baixo Alentejo e Algarve, constituindo um património arqueológico de enorme valor cultural. A viagem prossegue atravessando a serra, onde faremos uma pausa para almoço num típico restaurante local, para saborear a gastronomia de fusão entre tradições do interior e mediterrânicas. Após o almoço, retomamos o percurso passando pela simbólica rotunda do km 738, marco que assinala o término da lendária Estrada Nacional 2, a mais longa estrada portuguesa. Agora que atravessámos o país de norte a sul, é hora de regressar a casa. Ao fim do dia, chegada ao Parque das Nações, junto à Gare do Oriente em Lisboa, para os passageiros de Coimbra e Porto apanharem a ligação ferroviária rumo às suas cidades de origem. FIM DA VIAGEM